terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Homens

Quem os entendem?

Só fico nervosa quando entro em salas de bate papo e msn, tem horas que perco totalmente a vontade de usar. Motivo? Os caras que vem conversar comigo, um pior que outro, sem papo, medrosos, vulgares...

A grande maioria nunca teve e nem tera uma experiência com uma cdzinha, simplesmente porque não sabem trata-las como merecem, a maioria esmagadora desses "homens" são medrosos, tem medo deles mesmos, preferem se esconder atrás de um MSN, no máximo uma webcam mostrando o membro, quando pedem o telefone não liga, se ligar não sabe o que dizer, se puxarmos o assunto eles ainda ficam com medo, se falarmos em nos encontramos desligam o telefone na cara.

Mas eu entendo, a maioria acha, que se sair comigo, vou bater na porta da casa deles e contar tudo esposa. Cabecinhas pequininas do meu coração, nunca faria isso, pois quero e exijo descrição total, encontrar uma cdzinha e ir a um motel, é a mesma coisa de sair com uma mulher desconhecida...

E por favor, tenham assunto pra conversar no msn...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Teste

http://www.gendercare.com/testes/GendercareTestMF9.html

O site acima é um teste de feminilidade, respondi com o coração e não menti em nadinha, o resultado me deixou mais confusa ainda, mas mesmo assim, penso em continuar sendo apenas uma cdzinha.

Meu resultado: 54% de feminilidade.
Se o seu escore está entre 50 e 65%, você pode provavelmente ter uma disforia de gênero, provavelmente decorrente de uma PTSD (post traumatic stress disorder), como uma travesti, ou mesmo decorrente de uma neurodiscordância de gênero, como uma transexual.

Saindo do Armário

Dentre todos os grupos GLS, a condição de ser CD é, talvez, o mais medroso e o mais receoso de todos. Existe uma preocupação enorme com o sigilo. A CD chega as raias da neurose para se proteger e seria capaz de um ato dramático se alguma coisa vazasse para a sociedade e principalmente para a família. Não se admite entre nós, as CDs, pessoas que praticam o CDssing muito abertamente, pois se uma dessas vier a ser nossa amiga, poderá por em perigo o nosso pequeno segredinho dando a possibilidade de alguém de nosso relacionamento vir a saber. Estaríamos jogando na lata do lixo relacionamentos fortes, estáveis e tranquilos, isso sem falar com relação a filhos... Pois bem, sair do armário é uma decisão que precisa ser tomada conscientemente, e ser praticada com responsabilidade.

Mas...
O que é, para a CD, sair do armário?
Sair do armário não significa tornar pública a fantasia. Se uma CD torna pública a sua fantasia ela deixa de ser CD, pois além de se tornar um elemento perigoso para o nosso convívio, passa a ser alguém que não se importa mais com a sua segurança, passando a ser conhecido ou como TV ou como TS ou mesmo como gay.
Sair do armário é para nós, basicamente, perder o medo e o receio de estar entre outras CDs. Parece simples, não? Mas, não é...
Faça a você mesma as seguintes perguntas:
1 - Teria eu coragem de conversar sobre meu segredinho com uma outra CD por telefone?2 - Teria eu coragem de estar num restaurante, en homme, com outra CD conversando sobre artigos femininos?3 - Teria eu coragem de ir a uma loja com outra CD e comprar lingerie?4 - Teria eu coragem de ir a uma CDsession e lá me vestir entre outras CDs?5 - Teria eu coragem de ir a uma festa de CDs como CD onde poderia haver homens e mulheres?6 - Teria eu coragem de ir a uma boate GLS com outras CDs e dançar?7 - Teria eu coragem de marcar encontro com um rapaz totalmente montadérrima?
Creio que a maioria das respostas para as perguntas acima seria um belo e sonoro NÃO. Não é mesmo?
Veja que há uma evolução gradativa no avanço da saída do armário nas perguntas acima e saiba que se alguém responder SIM para todas elas ainda assim ele terá o seu segredo muito bem guardado para a família e para a sociedade. Conheço várias CDs que responderiam SIM para todas as questões acima e nem por isso deixam de ser altamente comprometidas com a sociedade.
Muitas são as meninas me pedem desesperadamente dicas para poderem criar coragem de conhecer outras meninas para se montarem. Existe o medo, existe a vergonha.
Para se sair do armário você tem logicamente que ter determinação. Você precisaria se conscientizar que não haverá risco nenhum com relação a sua segurança e que a única barreira a vencer é exatamente o seu medo e a sua vergonha. Se você partir para essa aventura receosa da perda de sua segurança então nem inicie, pois todo o cuidado que você pretende impor poderá afetar o seu relacionamento com a CD que irá te ajudar e com isso sua saída ficará altamente prejudicada.
Pense assim: Vou sair com cautela e não correrei risco nenhum...
Uma coisa que explico e que aplico é desvincular totalmente o caráter sexual do ato de se vestir. Isso mesmo, não se fala nem se pensa em sexo quando nos vestimos. Ao estar com outra CD a idéia é ficar bem feminina, bem menininha diante de um público, mesmo que esse público seja uma única CD. Poder cruzar as perninhas, sujar os copos de batom, manchar os lencinhos de papel, passar pó-de-arroz se mirando no espelhinho do estojo, se sentir bem a vontade, bem solta, bem bonita e elegante. Quem não quer isso? Delícia não?
Não é uma tarefa fácil, mas a saída do armário passa por essa negação parcial do sexo. Vamos tentar?
Talvez a tarefa mais difícil será encontrar uma CD que seja responsável, experiente e que tenha disponibilidade em ajudar, talvez esta seja a única e a grande barreira que você poderá encontrar que te impedirá de viver plenamente a maravilha de ser mulher. Mas a determinação deverá falar mais alto e a persistência deverá prevalecer.
A sua eleita poderá ser encontrada nos chats da vida.. UOL, Mandic, Zaz, e BCC. Tenha paciência, não se desespere converse bastante com todos, se enturme, faça amizades. JAMAIS faça sexo virtual, JAMAIS pratique o cibersex, se o fizer você será marcada como uma pessoa vulgar, chula e atrairá pessoas vulgares e chulas... lembre-se do conselho acima: desvincule a arte de se vestir com a prática sexual.
Depois de semanas ou até meses batalhando na procura da CD ideal, finalmente parece que você encontrou aquela de mesma faixa etária, aquela que te pareceu sincera, aquela que te deu segurança. Lembre-se, toda essa certeza, nunca é plenamente confiável quando se trata de papo virtual. Existem pessoas que conseguem ser altamente simpáticas virtualmente e extremamente antipáticas na vida real e vice-versa. Eu tenho para mim o seguinte: Se eu encontro alguém simpático e que se dispõe a ajudar, com certeza trata-se de alguém confiável.
Converse muito virtualmente com a sua eleita, troque e-mails, conte sua vida (sem entrar em detalhes) vá até onde sua consciência e o grau de confiabilidade permitir... eu acredito que se a confiança for total não haverá problema nenhum na troca de telefones... se você não está sentindo muita iniciativa da parte dela em ter o número do telefone, ponha o seu a disposição, logicamente, seria interessante você ter um número seguro, livre de escutas clandestinas.
Entenda o seguinte: ao dar o número de seu telefone, você deverá faze-lo com alegria e não com medo, deverá faze-lo com o coração na mão de ansiedade e felicidade e não apavorada e temerosa. Se você ainda não se sentir segura com relação a esses sentimentos, então pare, não avance, volte para a virtualidade e só prossiga quando se sentir melhor.
A partir do momento que você se sentir plenamente segura e conseguir finalmente falar no telefone, você terá dado um passo importantíssimo, um passo primordial.
Logicamente, existe a possibilidade do o primeiro contato não ser de seu agrado, paciência, não é o fim do mundo. Pare, pense e quem sabe, volte para o virtual e procure outra.
Eu conheço neste mundo feminino, mais de 50 CDs e posso garantir que não há nenhuma que seja desonesta.
A partir do momento que o contato telefônico foi feito, aí pode-se desencadear várias situações. Um encontro imediato para um cafezinho, um convite para um almoço, ou um papo longo sobre a arte de ser mulher. Nossa! Aqui não dá para esmiuçar.. tudo dependerá da disposição e da entrega das partes.
O encontro real deve ser em público. Um almoço, um passeio pelo shopping, um happy hour. O momento é crucial. Já li relatos de meninas que foram ao encontro de outras meninas e acharam a situação muito estranha, muito constrangedora e não voltaram mais a se procurar. Não sei o por que disto, talvez não tenha havido diálogo suficiente tanto no papo virtual, quanto no papo por telefônico.
Um dos erros que encontro entre as meninas experientes é que elas querem conhecer logo, telefonar logo, partir para a montagem logo e sair as ruas logo... Não percebem que a estreante precisa percorrer um caminho lógico de saída gradual e segura do armário. A experiente as vezes, inocentemente é afoita, pois ela também anseia por um amiguinha de aventura.. CALMA GENTE.
Percebem... não é fácil sair do armário.
Estabelecido o contato real, havendo empatia tudo ficará mais fácil e você poderá finalmente vislumbrar no horizonte a sua menina toda linda, todo feliz e grata pelo seu esforço.
Daí para frente é viver cada dia mais, descobrindo a cada momento a riqueza que existe no mundo feminino e ter a felicidade de compartilhar desta alegria com outras pessoas e quem sabe um dia, um dia qualquer, poder dar a mão a outras meninas que como você estão receosas e temerosas em sair deste famigerado e odiado ARMÁRIO e com certeza você se emocionará ao perceber a alegria da sua afilhadinha e terá a certeza de que ao ajudar alguém te fará feliz e de bem consigo mesma.
Espero ter conseguido contribuir com a felicidade na vida de uma Crossdresser.
Betinha

É Carnaval...

Meninas e meninos, desculpe por demorar em escrever, sabe como é né?? É carnaval, só assim pra sair na rua montada numa boa... Tenho que aproveitar...